5 profissionais para celebrar o mês da visibilidade lésbica

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5 profissionais para celebrar o mês da visibilidade lésbica

Por Carla Luã Eloi

Conhecido como Stonewall brasileiro, o dia 19 de agosto de 1983 – plena ditadura militar – marca a ação de um grupo de lésbicas, conhecidas como Galf (Grupo Ação Lésbica Feminista), que ocuparam um bar em São Paulo, em protesto contra os preconceitos, desrespeitos e apagamento da comunidade lésbica.

O estopim da manifestação foi a proibição da venda no local do jornal “Chanacomchana”, que trazia pautas sobre direitos das mulheres lésbicas. A data ficou marcada como Dia do Orgulho Lésbico.

Em 1996, no dia 29/08, foi realizado o I Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), data que foi escolhida como Dia da Visibilidade Lésbica.

Mulheres lésbicas, ao longo da própria história do Movimento LGBTI+, sofrem com o apagamento de suas lutas e identidades. Infelizmente, até os dias de hoje, essa é uma realidade que se repete, nos âmbitos políticos, sociais e não seria diferente no mundo corporativo.

Conforme o relatório Female Founders Report 2021, pesquisa feita pelo Distrito, com a Endeavor e a B2Mamy, em 10 anos, o número de startups brasileiras fundadas exclusivamente por mulheres cresceu apenas 0,3%. Se somados aos dados do Mapeamento do ecossistema brasileiro de Startups 2021, publicado pela Associação Brasileira de Startups, 92,1% das fundadoras são heterossexuais.

Se a jornada de uma mulher héterocis no mercado de trabalho já é recheada de preconceitos, a de mulheres lésbicas é ainda pior. De acordo com a pesquisa da PwC, apenas 38% das mulheres lésbicas, bissexuais e pansexuais assumem no ambiente de trabalho seu relacionamento com outra mulher, por medo de que isso seja um impedimento no desenvolvimento de sua carreira.

Mesmo diante de tantos obstáculos, mulheres lésbicas sempre foram corajosas, a ponto de desafiar até mesmo a censura da ditadura militar. Por isso, para celebrar suas identidades neste mês, promover visibilidade e reforçar a luta contra a dupla discriminação de gênero e de sexualidade,

Listamos 5 profissionais lésbicas que você deve conhecer, para se inspirar e motivar a sua carreira:

Joana Mendes

Fundadora YGB.Black

Joana foi considerada uma das 30 pessoas jovens que estão mudando a comunicação, em 2019. É a fundadora da YGB.Black, primeiro banco de imagens em escala global de mulheres negras, produzido inteiramente por elas.

Onilia Araújo

Cofundadora das Startups Lanceiros Tech e MIMA Echange

É fundadora e diretora na ICON contábil, co-fundadora da Ponte: Educação para a Diversidade. Sócia na startup Lanceiros Tech, que é uma empresa de desenvolvimento de softwares e prototipação de negócios digitais, que tem como meta ser um time formado por 100% de pessoas pretas. É diretora financeira (CFO) na MIMA Echange, um laboratório de soluções em criptoeconomia, com um diferencial, feito por e para mulheres.

Daniele Botaro

Líder de diversidade e inclusão da Oracle da América Latina e colunista do MIT Sloan Management Review Brasil

É uma das 20 pessoas selecionadas pelo LinkedIn Top Voices Carreiras 2022. Uma profissional com mais de 14 anos de experiência em desenvolvimento de carreira, com implementação de estratégias para maximizar aprendizado e crescimento. Além de líder de D&I da Oracle América Latina, Daniele compartilha ideias e experiências sobre os principais assuntos sobre carreira, diversidade e inclusão no Linkedin.

Jéssica Tauane

Fundadora do Canal das Bee, produtora audiovisual e consultora de D&I

A partir do seu TCC da graduação em Comunicação e Multimeios, na PUC-SP, criou o Canal das Bee, um dos maiores canais no YouTube feito por e para comunidade LGBTI+ no Brasil. Com o advento dos canais de YouTube, o Canal das Bee se tornou sua principal profissão, com a produção de conteúdo audiovisual sobre pautas LGBT+. Graças ao crescimento do canal, tornou-se consultora de diversidade e inclusão, atuando com diversos clientes e palestrando Brasil afora. Atualmente é consultora de D&I e produtora audiovisual na Phaedrus Filmes.

Márcia Rocha

Advogada, ativista e empresária

É coordenadora de desenvolvimento na Transempregos, maior banco de dados de vagas e currículos para garantir empregabilidade de pessoas trans. É travesti, mãe e lésbica. É advogada no Conselho Seccional da OAB/SP e proprietária de diversas empresas no ramo imobiliário. Foi a primeira mulher trans a ter o nome social registrado na carteira da OAB.

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